Que admiração é trabalhar, ter mil e uma histórias vividas, por entre o tempo que me leva, cada vez mais distante, menos sentido.
Que sentindo, que sentimento, pura ficção, em que por turnos mal vividos, aprecias um momento, grande ilusão.
Que escrita por páginas vazias, por assumpção de vítima, vai e cai em litígio, pelo menos guardo palavras ditas.
Que promessa tomada, dobrada e destruída
Que todas as palavras, se deixem passar pelo insano, o verdadeiro, passa por aí, alheio ao olhar, sem que seja tomado pelo olhar.
Que o invisível seja material, tomamos cada vez mais a falha que nos assola, estamos condenados a viver sobre ela e sobre o peso que nos persegue.
Que o material nos seja negado, não conhecemos uma desculpa, não conhecemos um sentimento que nos assole, sei, sei que está por longe do perto, central do olhar, aparece num piscar de olhos e noutro nunca existiu de todo.
Que o imaginável passe do papel a caneta, que a tinta seja cinza, que a cinza queime o papel que escreve, que o papel se torne árvore.
Que tudo pareça correr ao contrário, pela contradição que podemos expressar, aparentemente, marcada com hora e consulta, pelo remédio que se decidiu a tomar.
Que a trindade seja tomada, pelo que vamos fazendo, pelo que vamos rumando, pelo que vamos folhando, se é um invés de palavra, o inverso que somamos, que compomos, que deliberamos, que deixamos diante do mundo e sem dúvida passamos então, mais um dia do mesmo mais um acto de convalescer, sem que a convivência seja um objecto, um aspecto, um contras-senso.
Que o conluio seja o mínimo da noite, que a noite seja extensa, o nascer do sol deve raiar, para sair, para poder respirar, para viver.
Que o texto encontre então o rumo, a versatilidade das palavras que descrever, pode fazer parecer uma imagem que passa por baixo, por cima, pelo lado e por nada.
Que nada seja nada, que a confusão seja pela vida, pelo andamento e pelo momento.
Que nada seja perdido, que nada seja esquecido, que nada seja senão a rompante memória que guardamos, para poder esquecer de lembrar, será que realmente nos lembramos?
Que a confusão seja imperatriz, que nada seja como esperamos ao olhar.
Que o círculo seja fechado, que o preso seja liberto, que seja dado o retorno, sem que seja necessário o contrato.
Que pergunta se pode fazer?
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