Sai de noite, ao abrigo do vazio da hora, cabelos que esvoaçam, monta um cavalo de ferro.
Adorna em si, memórias de viagens, símbolos de histórias, recordações passadas, alinhadas sem ordem consequente, sentidas todas elas, presas e gravadas a ferros.
Percorre a corda solta distancia já vivida e com o percorrido, uma sensação de paz lhe cresce na alma.
Canta em si, uma voz muda, fala de dor que segue perto.
Uma lágrima que lhe percorre a face é rapidamente limpa, expressão nula…
Segue só, quebra rumo conhecido, vira adiante, expectante.
Sentido de aventura e desconhecido aquecem-lhe o sangue.
Sorri, um sorriso profundo, quase apelando a loucura.
A paz na sua alma explode, dá lugar a revolta.
É um pedido de mais. Mais e mais!
Enrola o punho as linhas tornam-se esbatidas e turvas, a realidade desvanece e tudo se transforma numa visão torcida e retorcida aos caminhos da mente.
Mais, mais e mais!
O mundo vivido dá lugar a fantasia, um mundo sonhado ao rondo do motor, ao contar da distancia de um caminho perfeito, trajecto desenhado ao bater e cantar do coração.
Por fim abranda.
Demónios libertados ganham asas na liberdade do vento, mil gritos de glória, vitória, celebrações feitas.
Para numa falésia, precipício sobre o mar.
Retira o capacete.
Solta ao vento o rebelde cabelo que ao ondular com o ar, no seu tom carmesim, parece arder qual fogo solto.
Puxa de um cigarro que acende e rapidamente deita fora.
Respira o ar da noite, inspira e expira.
Todos os demónios se retiram.
Relaxa o corpo…
Poderá não haver nada tão perfeito como esta noite.
E ela poderá nunca existir.
sábado, março 09, 2013
quarta-feira, março 06, 2013
Ilusão, regresso e solidão
Veio sem se fazer anunciar.
Entrou disparada.
O lugar não era seu a muito.
Mas não se fez de rogada.
Rompeu com o dogma imposto.
Não fez verdade mas lei.
Reclamou lugar e trono.
Quis ser princesa, víbora disfarçada.
Entristeceu automaticamente o lugar…
Fiz-me a fuga.
Sem esperar a alvorada.
Tentou regressar, ao sítio onde não era esperada.
Esperava carinho, braços e ósculos encontrar.
E simplesmente foi negada.
Coitada…
Entrou disparada.
O lugar não era seu a muito.
Mas não se fez de rogada.
Rompeu com o dogma imposto.
Não fez verdade mas lei.
Reclamou lugar e trono.
Quis ser princesa, víbora disfarçada.
Entristeceu automaticamente o lugar…
Fiz-me a fuga.
Sem esperar a alvorada.
Tentou regressar, ao sítio onde não era esperada.
Esperava carinho, braços e ósculos encontrar.
E simplesmente foi negada.
Coitada…
Sátira a uma “bebida”! (original de 1998/1999)
Que doce é aquele vodka!!!
Que doce sabor tem, aquele delicioso, vodka de morango!
Que leva, bem...
As jovens meninas a amar!
Moranguitos irei eu colher!
Para mais um vodka beber!
Que doce sabor ira ter!
Mas que é isto?
Não apenas de morango pede?!?
Pede também de laranja vermelha, e Bacardi?
O que belo panorama!
Este que se me depara!
Ver dois bons produtos a desaparecer!
Só sobra uma devoradora, e, um moranguito!
Como vou eu gostar!
É tão lindo de se ver!
Uma devoradora, e um moranguito a dançarem mesmo juntos qual casal de namorados!
Mas quando ao fim a noite chegar!
Já não vou poder ver o lindo desfecho desta história!
Ó que dor!
Ó que gloria!
Que doce sabor tem, aquele delicioso, vodka de morango!
Que leva, bem...
As jovens meninas a amar!
Moranguitos irei eu colher!
Para mais um vodka beber!
Que doce sabor ira ter!
Mas que é isto?
Não apenas de morango pede?!?
Pede também de laranja vermelha, e Bacardi?
O que belo panorama!
Este que se me depara!
Ver dois bons produtos a desaparecer!
Só sobra uma devoradora, e, um moranguito!
Como vou eu gostar!
É tão lindo de se ver!
Uma devoradora, e um moranguito a dançarem mesmo juntos qual casal de namorados!
Mas quando ao fim a noite chegar!
Já não vou poder ver o lindo desfecho desta história!
Ó que dor!
Ó que gloria!
segunda-feira, março 04, 2013
Consciência inconsciente
A sensação de conveniência que suavemente adverte os meus ouvidos, no caminho que se mete, perde-se o conhecimento e somente se segue em surdina o mais mudo dos guias.
Atenção, que não falhe por razão de rotina, qualquer indicação que possa ser causada, ou por outra vez indicada, cruel e estupidificada, dada a atenção de um desabafo, cruel é a volta, cruel é a gente.
Bramem então, silenciosas vozes, não por destino, não por sentido mas por pura estupidez.
Reconhece-se um revolver de tudo, não se sabe os contribuintes, não se sabe nada que se possa adicionar, as palavras dançam conforme as pessoas as dizem, um acrescentar de tudo e um revolver de nada e então…
Então não há nada que me possa por ventura volver ao um sentido conexo e faço novamente uma menção ao sentido sai-me um riso, o meu cérebro expirou ontem.
Reconforto-me na estupidez e tacanhice das pessoas, que tenha expirado então o meu cérebro?
Não me parece.
A data enganou-se e eu enganei-me a mim próprio ao acreditar, voltei a acreditar nessa ordem conexa, voltei a pensar com consideração nas pessoas, não serve sequer para pagar a despesa.
E por isso, parece-me incrível a minha estupidez, face a todo esse volte face e a essa facilidade de tudo e nada…
Conforme se deitam as pessoas, assim se levanta o mundo?
Acredito então em nada, volto para mim e em mim procuro esse refúgio sem que nada seja mais que aquilo que procuro.
Por fim nem sei bem que procuro, caio de novo em riso, idiota, idiota, idiota…
Estou então a tentar negar-me e enganar-me a mim próprio?
Idiota, idiota, idiota.
Compreendo então o porque de um sorriso, sorriso de pena, pobre e coitado diabo.
Idiota, idiota e idiota.
Acalma-se a minha estupidez, o meu demónio ri-se de mim…
Adormece o meu cérebro, recusa-se a apontar um pensamento que me valide.
Congratula-se o meu demónio.
Arrasto-me para dentro de mim, permaneço na minha casca, no meu sitio, no meu canto, invisível a tudo e todos, invisível e indivisível ao mundo.
Estupido, idiota e coitado…
Atenção, que não falhe por razão de rotina, qualquer indicação que possa ser causada, ou por outra vez indicada, cruel e estupidificada, dada a atenção de um desabafo, cruel é a volta, cruel é a gente.
Bramem então, silenciosas vozes, não por destino, não por sentido mas por pura estupidez.
Reconhece-se um revolver de tudo, não se sabe os contribuintes, não se sabe nada que se possa adicionar, as palavras dançam conforme as pessoas as dizem, um acrescentar de tudo e um revolver de nada e então…
Então não há nada que me possa por ventura volver ao um sentido conexo e faço novamente uma menção ao sentido sai-me um riso, o meu cérebro expirou ontem.
Reconforto-me na estupidez e tacanhice das pessoas, que tenha expirado então o meu cérebro?
Não me parece.
A data enganou-se e eu enganei-me a mim próprio ao acreditar, voltei a acreditar nessa ordem conexa, voltei a pensar com consideração nas pessoas, não serve sequer para pagar a despesa.
E por isso, parece-me incrível a minha estupidez, face a todo esse volte face e a essa facilidade de tudo e nada…
Conforme se deitam as pessoas, assim se levanta o mundo?
Acredito então em nada, volto para mim e em mim procuro esse refúgio sem que nada seja mais que aquilo que procuro.
Por fim nem sei bem que procuro, caio de novo em riso, idiota, idiota, idiota…
Estou então a tentar negar-me e enganar-me a mim próprio?
Idiota, idiota, idiota.
Compreendo então o porque de um sorriso, sorriso de pena, pobre e coitado diabo.
Idiota, idiota e idiota.
Acalma-se a minha estupidez, o meu demónio ri-se de mim…
Adormece o meu cérebro, recusa-se a apontar um pensamento que me valide.
Congratula-se o meu demónio.
Arrasto-me para dentro de mim, permaneço na minha casca, no meu sitio, no meu canto, invisível a tudo e todos, invisível e indivisível ao mundo.
Estupido, idiota e coitado…
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