Oculto-me em palavras, de mil e uma conversas afins...
Descrevo argumentos e sinto-me incrivelmente longe de onde estou, presentemente ausente.
Digo tudo, falo, prefiro não me calar.
Exponho, converso, argumento, preferiria nem me calar.
E é difícil, é um desafio contemplar algo assim, mantendo-me dificilmente presente e obtusamente ausente...
Assim, dizer algo liberta-me pois não posso de modo algum estar calado.
Assim, não dizer o que pretendia deixa-me na incógnita do momento...
Mas esquivar-me de algo parece impossível e mesmo assim contorço-me ao inacabável.
Esforço-me por medo e vergonha.
Nego-me...
Não posso nem tenho como me justificar, o pensamento é todo em si um pouco obsoleto...
Tratam-se de ideias que deveria já a todo momento livrar e encontram-se no entanto fortemente cimentadas no meu ser...
Falo, recorro ao retórico.
Nem sei se com convicção ou existo.
Tento e levanto-me para onde posso.
Paro ou param-me?
Por vezes é difícil discernir.
Assim, fica a verdade velada.
Expresso assim em sentimento funesto...
Não há nada que me possa valer...
1 comentário:
Terás que chegar ao cerne da questão "Páro-me ou param-me?"
:)
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