Sinto o cheiro de humidade no ar, a lua brilha e nada se parece com nada que pudesse alguma vez reconhecer.
Sinto o ar fresco, o Verão parece uma altura estranha do ano, a noite é fresca e serena, a vida é lenta e desgovernada, acelerando ao balançar do vento desconhecendo os danos da sua oscilação…
Revolto-me, reviro-me, tento encontrar uma razão que me faça sorrir, um motivo de pequena felicidade…
Como te sinto aqui?
Como te sinto como estando aqui?
Porque sinto tão forte a tua presença, sem saber sequer por onde deambulas?
Sinto a tua falta, sinto a falta da tua voz, sinto a falta do teu olhar, sinto a falta de ti por inteira…Sinto-te aqui, e porque?
Sinto-me sozinho, sinto-me desligado…
Sinto-me repulsivo, culpado por algo que não fiz…
Moras aqui e nem aqui estas…
Estas incrivelmente perto e constantemente longe e ausente.
Escreveria uma ode a lua se isso te trouxesse para perto.
Cantaria em desconcerto por ti…
Tornar-me-ia a imagem do teu gosto…
E assim me encontro reduzido a ti…
E nem sei de ti…
Não sei absolutamente nada de ti…
Escrevo esta ode a lua com olhos de gato, desconcerto-me com o Verão…
E só quereria saber de ti…
Sem comentários:
Enviar um comentário