Receita-me um despreocupar generalizado.
Como anestesia sentimental.
Não quero saber ou sentir.
Não quero saber o que pode correr mal.
Indica-me um princípio para todos os fins.
Um sinal que nada será certo e uma incerteza de que tudo correrá mal.
Alarga-me uma vista tacanha.
Esta humana parece servir-me mal.
Faz-me sentir bem.
Dá-me uma resposta concreta que mesmo assim não saberei se me apraz.
Afasta-me este medo.
Um terror omitido e negado, destituído de sanidade.
Desliga-me o dom de me preocupar.
Torna-me qual robô, frio, estático, vertical.
Diz-me como não viver em verdades meias.
Dá-me a mentira completa. Pelo menos essa sei que é real.
Não me iludas.
Faz essa magia, cega-me os olhos, deixa-me iludido, tanto faz.
Desfaz-me a sinceridade.
Torna-me desonesto, intriguista, cruel, enfim, malvado e desumano.
Ou não faças nada.
Mas ama-me.
De tudo o resto, seria o mais importante.
2 comentários:
gosto...
De tudo o que descreveste, realmente chega-se ao fim e o que interessa é mesmo isso... O sentimento em si. Seja ele amizade, paixão ou amor.
Ao menos que haja sentimento...
Gostei mesmo.
Beijinhos * * *
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