Esse teu nada, tão cheio de tudo, particularidade de quem move aventais, por entre os vendavais da vida.
Certo sentido, em sincronismo de vida, olhar para dentro, sem realmente contar o que vai dentro, existir, por entre a negação de ser ou saber, apenas expressar, sem passar sentimento.
Esse teu tudo, que é assim, vago sentimento, que mexes com as mãos, segurando no vazio, um pouco de um coração partido, enquanto apressas a coração, fazendo um repasto, em que a sobremesa é a loucura e todos os pratos, são guiados ao tento de tua mão, na verdade, deixas-te meio mundo louco, sem mexer um único menestrel.
Esse movimento tão estático, essa sensação de conceber palavras por entre as pálpebras fechadas de quem tece um argumento, sinistro sem sentido, na verdade se escreve por linha vazia, em carmesim, dores de coração e palavras para amor solto.
E não escrevo, a esse teu silêncio, esse teu nada, esse teu frustrante fechar de olhos e de coração, esse erguer de muralhas, que parecem paredes de areia, levadas pela mais baixa maré.
Prescrevo, não consigo dizer o reflectir naquilo que deveria ser pensado, sem que possa realmente levar a mão ao peito, a mão a cabeça, tocar alma e âmago…
Deixar assim, uma alma solta, presa em velas de candeias, espectros arrastados pelas marés, sem que os marinheiros possam lá voltar…
Então penso, pelo sonho que vem, o sono que não se apresenta, toda a maquinaria que sinto existir, a dor que carrego cá dentro e tudo o que desejava expulsar, limpar de mim, regurgitar…
Esse teu nada, que me deixa quase calado, que me apetece e me aprovem de fundo da alma, um grito bem profundo, uma vontade de partir contigo sem saber bem o que te dizer, parece assim, construir um pouco de desequilíbrio, jogo oculto, jogo presente, uma cantoria solta, qual tunates perdidos, deixados a derivar, pelo sol da charneca, no canto da duna, sempre presentes pela maré, deixados pela manhã, ao aperto da madrugada, sem mais ou menos questão.
Esse teu nada que é tudo, agarra-te por dentro, sem que queiras retirar de ti, de teu fundo, um pouco de ti, um pouco do teu mundo.
Como hei-de pedir explicação por dura expiração, certo é que deveria poder falar, poder gritar, cantar a garganta solta até em lágrimas, quase de sangue solto. Pedindo uma pequena, curta, breve e honesta explicação.
Esse teu nada, tudo, quase tudo, universo e planeta…
Arrastado por entre as pedras, à deriva para buraco negro…
Esse teu nada que era, que é, que será tudo, até que o libertes de ti.
Até quando, te cederes a loucura, até quando o quiseres, até que te der esta perdura…
Esse teu nada, para ti nada talvez, para mim, um sorriso e um abraço, é um grande tudo.
Certo sentido, em sincronismo de vida, olhar para dentro, sem realmente contar o que vai dentro, existir, por entre a negação de ser ou saber, apenas expressar, sem passar sentimento.
Esse teu tudo, que é assim, vago sentimento, que mexes com as mãos, segurando no vazio, um pouco de um coração partido, enquanto apressas a coração, fazendo um repasto, em que a sobremesa é a loucura e todos os pratos, são guiados ao tento de tua mão, na verdade, deixas-te meio mundo louco, sem mexer um único menestrel.
Esse movimento tão estático, essa sensação de conceber palavras por entre as pálpebras fechadas de quem tece um argumento, sinistro sem sentido, na verdade se escreve por linha vazia, em carmesim, dores de coração e palavras para amor solto.
E não escrevo, a esse teu silêncio, esse teu nada, esse teu frustrante fechar de olhos e de coração, esse erguer de muralhas, que parecem paredes de areia, levadas pela mais baixa maré.
Prescrevo, não consigo dizer o reflectir naquilo que deveria ser pensado, sem que possa realmente levar a mão ao peito, a mão a cabeça, tocar alma e âmago…
Deixar assim, uma alma solta, presa em velas de candeias, espectros arrastados pelas marés, sem que os marinheiros possam lá voltar…
Então penso, pelo sonho que vem, o sono que não se apresenta, toda a maquinaria que sinto existir, a dor que carrego cá dentro e tudo o que desejava expulsar, limpar de mim, regurgitar…
Esse teu nada, que me deixa quase calado, que me apetece e me aprovem de fundo da alma, um grito bem profundo, uma vontade de partir contigo sem saber bem o que te dizer, parece assim, construir um pouco de desequilíbrio, jogo oculto, jogo presente, uma cantoria solta, qual tunates perdidos, deixados a derivar, pelo sol da charneca, no canto da duna, sempre presentes pela maré, deixados pela manhã, ao aperto da madrugada, sem mais ou menos questão.
Esse teu nada que é tudo, agarra-te por dentro, sem que queiras retirar de ti, de teu fundo, um pouco de ti, um pouco do teu mundo.
Como hei-de pedir explicação por dura expiração, certo é que deveria poder falar, poder gritar, cantar a garganta solta até em lágrimas, quase de sangue solto. Pedindo uma pequena, curta, breve e honesta explicação.
Esse teu nada, tudo, quase tudo, universo e planeta…
Arrastado por entre as pedras, à deriva para buraco negro…
Esse teu nada que era, que é, que será tudo, até que o libertes de ti.
Até quando, te cederes a loucura, até quando o quiseres, até que te der esta perdura…
Esse teu nada, para ti nada talvez, para mim, um sorriso e um abraço, é um grande tudo.