Suave e calmo, o passar das horas, em que o discernimento é tapado, em descuido a emoção, em que o sonho é um momento, em que nos perdemos, pouco a pouco, no esgar das frestas que deixam passar um pouco de luz em noite clara.
Calmo, o silêncio que se faz sentir, nesse conforto de horas em claro, que passadas em emoção, reflectem mil pinturas imaginárias, levadas pela imaginação corrida, num movimento do desenho, em que o pincel nem quis saber de cor ou traço, forma directa ou expressão.
Enrolar no calor do cobertor, deixar passar a noite em claro, nem saber se é verdade ou ilusão, simplesmente ter olhos semi-cerrados ver mais que uma visão.
Embalado no repouso do leito, sem ter um destino mal feito, tão só repousar nesse colchão.
Descrito de que forma se ponha, cria-se uma imagem de calma, horas tidas em descanso, celebrado sonho perdido, nem perdido se possa dizer, voar como se pode, sem ter fé em saber voar, acordar na sensação de cair, simplesmente, saber sonhar.
Enquanto espero por um dia, a noite sabe-me bem, sentir-me neste sítio, não será talvez o espaço desejado, fechar os olhos, afastar de tudo, levar para onde a mente me deixe, esquecer por momentos o meu universo, sair e partir, não existe mais remédio nem motivo que me pare, estrela ou constelação.
Perguntar em sonhos, pedir clarificação, testamento a tudo o que veja, não deixar diário de bordo, ferramenta ou recordação.
Olhar o vazio, sentir a luz que passa, a expressão que não muda, deixar o momento passado, envolvido com um futuro que não passa, por um testemunho deixado, sem que suceda em cadência de cedências, esculpir o passado, largar pó no presente e fugir com o futuro, sem que ele seja tido, secretamente negado, não permitido por ventura, apenas uma corrente de loucura, como se fosse de facto tomado, nem sempre conhecido, escrito e partido, quem se propôs a contá-lo, nem nas cartas o viu claro, corre assim, letra solta, na ponta de essa pena, nem sabe como lhe vai, nem como lhe foi.
E pedir permisso porquê? Esperar apenas perdão directo? Nem saber que fazer quanto mais quando, como e onde…
Expressar um sonho rápido, que nos aproxima da loucura, tão ó tão louco como demente, resta assim um sub-consciente, aprisionado de existência, que em cada dia de violência, vai perdendo o tino, obra rara e expressão larga, sem tez que se sustenha, sustenido em comprimento, estica e estiva o pensamento, certo de esperar tortura, de abrir o olho e ver mais um dia, reticência e texto, rotina e demora, mil e uma cavalgaduras, num auto-burro que o leve, daqui para o inferno, sem que o transporte realmente, sem tocar solo, voa baixo.
Acordar, só e demente? Dormir, só e crente?
Nem, sei é suave transição que espera, rasga pela rua torta e suja, nem quer saber se bate a porta, leva na mão um pouco de magia, um encanto tunante, certo espírito e sabedoria, olhos de sonhador, distante, como quem torce melancolia.
Deitar e dormir. Hora torta.
Calmo, o silêncio que se faz sentir, nesse conforto de horas em claro, que passadas em emoção, reflectem mil pinturas imaginárias, levadas pela imaginação corrida, num movimento do desenho, em que o pincel nem quis saber de cor ou traço, forma directa ou expressão.
Enrolar no calor do cobertor, deixar passar a noite em claro, nem saber se é verdade ou ilusão, simplesmente ter olhos semi-cerrados ver mais que uma visão.
Embalado no repouso do leito, sem ter um destino mal feito, tão só repousar nesse colchão.
Descrito de que forma se ponha, cria-se uma imagem de calma, horas tidas em descanso, celebrado sonho perdido, nem perdido se possa dizer, voar como se pode, sem ter fé em saber voar, acordar na sensação de cair, simplesmente, saber sonhar.
Enquanto espero por um dia, a noite sabe-me bem, sentir-me neste sítio, não será talvez o espaço desejado, fechar os olhos, afastar de tudo, levar para onde a mente me deixe, esquecer por momentos o meu universo, sair e partir, não existe mais remédio nem motivo que me pare, estrela ou constelação.
Perguntar em sonhos, pedir clarificação, testamento a tudo o que veja, não deixar diário de bordo, ferramenta ou recordação.
Olhar o vazio, sentir a luz que passa, a expressão que não muda, deixar o momento passado, envolvido com um futuro que não passa, por um testemunho deixado, sem que suceda em cadência de cedências, esculpir o passado, largar pó no presente e fugir com o futuro, sem que ele seja tido, secretamente negado, não permitido por ventura, apenas uma corrente de loucura, como se fosse de facto tomado, nem sempre conhecido, escrito e partido, quem se propôs a contá-lo, nem nas cartas o viu claro, corre assim, letra solta, na ponta de essa pena, nem sabe como lhe vai, nem como lhe foi.
E pedir permisso porquê? Esperar apenas perdão directo? Nem saber que fazer quanto mais quando, como e onde…
Expressar um sonho rápido, que nos aproxima da loucura, tão ó tão louco como demente, resta assim um sub-consciente, aprisionado de existência, que em cada dia de violência, vai perdendo o tino, obra rara e expressão larga, sem tez que se sustenha, sustenido em comprimento, estica e estiva o pensamento, certo de esperar tortura, de abrir o olho e ver mais um dia, reticência e texto, rotina e demora, mil e uma cavalgaduras, num auto-burro que o leve, daqui para o inferno, sem que o transporte realmente, sem tocar solo, voa baixo.
Acordar, só e demente? Dormir, só e crente?
Nem, sei é suave transição que espera, rasga pela rua torta e suja, nem quer saber se bate a porta, leva na mão um pouco de magia, um encanto tunante, certo espírito e sabedoria, olhos de sonhador, distante, como quem torce melancolia.
Deitar e dormir. Hora torta.
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