O que procuramos com a mente, soa instável de conteúdo, com um sorriso estranho, palpamos terreno e caímos de novo.
Erguer, não é uma batalha, é sim um passatempo e falhados não nos deixamos nunca admitir, por nos erguermos somos gigantes.
Olhar, por olhar, um segundo olhar, contemplar o pensar, pesar o saber, somos anjos e demónios, vítimas e assassinos.
Permitam-me a confusão e tocar com os sentidos, os sentimentos se os tenho, reconheço-os, fugidos e por mera ilusão de sentir, não clamaria qualquer sentido.
Agora deixem-me ao cérebro, a sensação é de razia, não existe sentimento que mude, puro, incauto, vazio e ignorado.
Deixemo-nos assim seres inteligentes e duvidosos, na certeza da nossa incerteza, venham os certos, ignóbeis asnos.
Por duvidar, penso em mim e em mim duvidoso continuo sentado, não me dão uma opção, um clamor ou um legado.
Não posso construir, faltam-me ferramentas, abono e empreiteiro. Ainda que me tome a mim como construtor, não tenho um baldio para o meu paredeiro.
Estranho pensar assim e levar uma vida laboriosa, labutar continuamente e não haver trocos para o coveiro.
E se me dizem que sorria, sorrio para o mundo inteiro.
Não tenho quem me sustenha mas tenho sim braços meios.
Reafirmo o dito, construir, não construo, tenho fundações sem terreno. Sou em mim um edifício feito, a romper-se ao devaneio.
Não vivo de sumptuosas fachadas, não me agradam e são quebradas, vivo com meias vidraças e que atirem pedras altas.
O granizo do Inverno que me cubra. O calor do Verão que me queime. Sobre mim a doce Primavera e a anagogia do Outono.
Dizem-me real? Realmente nem sei nada, apresentem-me como sou e nunca irão ver nada.
Entrem nesse mundo, o hotel tem portas abertas, o terreno é baldio, meia água e um lintel. O mundo passa e eu me fico, grisalho e brando, terno avô.
Olhem a expressão do mundo, deixem-me rir a bandeira solta, vivemos numa pátria finada e os coveiros guiam pela cepa torta.
Quem nos matou, trata-nos como cordeiros e nos que somos moles, até nos deixamos de joelhos.
Caia mal ao optimista, nunca o fui, sempre ao contrário.
Tomem-me por tormentoso, déspota ou anarquista. Tão só sigo uma doutrina, o mais relativo realista.
Então por som de insulto, deixo-me calado e vejo o mundo.
Já que nos deixaram ao rabo, obedientes animais devemos ser.
Se quiserem criticar, que critiquem mas não ajam. Pois submissos são e não largam o pau com que brincam.
Velho deixem-me ficar, não com espólio, moradia ou legado, neste país não sei onde ficar, nem se nele hei-de ficar enterrado.
Erguer, não é uma batalha, é sim um passatempo e falhados não nos deixamos nunca admitir, por nos erguermos somos gigantes.
Olhar, por olhar, um segundo olhar, contemplar o pensar, pesar o saber, somos anjos e demónios, vítimas e assassinos.
Permitam-me a confusão e tocar com os sentidos, os sentimentos se os tenho, reconheço-os, fugidos e por mera ilusão de sentir, não clamaria qualquer sentido.
Agora deixem-me ao cérebro, a sensação é de razia, não existe sentimento que mude, puro, incauto, vazio e ignorado.
Deixemo-nos assim seres inteligentes e duvidosos, na certeza da nossa incerteza, venham os certos, ignóbeis asnos.
Por duvidar, penso em mim e em mim duvidoso continuo sentado, não me dão uma opção, um clamor ou um legado.
Não posso construir, faltam-me ferramentas, abono e empreiteiro. Ainda que me tome a mim como construtor, não tenho um baldio para o meu paredeiro.
Estranho pensar assim e levar uma vida laboriosa, labutar continuamente e não haver trocos para o coveiro.
E se me dizem que sorria, sorrio para o mundo inteiro.
Não tenho quem me sustenha mas tenho sim braços meios.
Reafirmo o dito, construir, não construo, tenho fundações sem terreno. Sou em mim um edifício feito, a romper-se ao devaneio.
Não vivo de sumptuosas fachadas, não me agradam e são quebradas, vivo com meias vidraças e que atirem pedras altas.
O granizo do Inverno que me cubra. O calor do Verão que me queime. Sobre mim a doce Primavera e a anagogia do Outono.
Dizem-me real? Realmente nem sei nada, apresentem-me como sou e nunca irão ver nada.
Entrem nesse mundo, o hotel tem portas abertas, o terreno é baldio, meia água e um lintel. O mundo passa e eu me fico, grisalho e brando, terno avô.
Olhem a expressão do mundo, deixem-me rir a bandeira solta, vivemos numa pátria finada e os coveiros guiam pela cepa torta.
Quem nos matou, trata-nos como cordeiros e nos que somos moles, até nos deixamos de joelhos.
Caia mal ao optimista, nunca o fui, sempre ao contrário.
Tomem-me por tormentoso, déspota ou anarquista. Tão só sigo uma doutrina, o mais relativo realista.
Então por som de insulto, deixo-me calado e vejo o mundo.
Já que nos deixaram ao rabo, obedientes animais devemos ser.
Se quiserem criticar, que critiquem mas não ajam. Pois submissos são e não largam o pau com que brincam.
Velho deixem-me ficar, não com espólio, moradia ou legado, neste país não sei onde ficar, nem se nele hei-de ficar enterrado.
Sem comentários:
Enviar um comentário