Para que olham estes bonitos olhos vazios, perdidos por mil desventuras?
Para que se revezam estas perguntas soltas, se tudo o que pergunto sei já responder?
Para que se procura a esperança no escuro, se tudo foi deitado já em claridade?
Para que me dedico a algo, se tudo acaba por ruir?
Porque deveria sorrir?
Porque deveria chorar?
Porque deveria revelar?
Porque havia de sentir?
Quem haveria de saber então?
Quem poderia acreditar?
Quem saberia responder?
Quem se haverá de importar?
Se conseguir achar um motivo, deverei tentar?
Se conseguir saber algo novo, deverei esperar?
Se conseguir agarrar um sentido, deverei segurar?
Cresço em todo o meu sentido.
Cresço em toda a minha consciência.
Cresço em mim, sozinho.
E de tanto crescer, mais estúpido me sinto ficar.
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