Escavo-me pelo meio das minhas velhas folhas, lançadas ao vento poisadas pelo chão, sobre a secretária cheias de palavras e letras de ideias e contradições de coisas que vou lendo, revendo, relembrando, repensando e reconsiderando.
Sinto-me escravo disso que não conheço, pergunto-me, se existe um fado, se existe uma total impossibilidade de controlarmos o que fazemos e o que acontece.
Desconheço e tento não crer, surge me como uma ideia absurda que tudo o que se faça esteja já a partida decidido ou que seja simplesmente cosido por figuras fantásticas escondidas por detrás do véu.
Rodopio na cadeira, sinto-me sinceramente sonolento, não sei explicar isto, não sei, não mo peçam.
Conforto-me no véu nocturno celeste, nesse pontilhado mil, na eterna amante e musa dos poetas, na sonolência de tudo o que existe numa memória mais calma onde faltou um caderno, uma folha e uma caneta para escrever o que se ia passando.
Tempus Fugit.
Segue-se esse abandonar dos sentidos, o abraçar do sono, a benevolência dos sonhos, a violência dos pesadelos…
Como sonho em vaguear…
Como sonho em naufragar…
Não sei.
Segue-se o suave balançar das ondas…
O conforto do desconhecido, a certeza do infinito.
O silencio, o som dos pensamentos, o som suave do vento corrente, o ar fresco mas não refrescante, o tempo quente mas não sufocante.
Não quero o amanha.
Gosto desta noite, em sítio nenhum, em todo o sítio que me possa recordar…
Sinto-me dormente num barco de remos, abandonado ao suave aconchego das ondas.
Gostaria de evocar uma precipitação de sensações, contudo, tudo se resumo ao que sinto de momento.
Nada que possa explicar.
Assim, em espasmo momentâneo resta-me isto:
Deixem-me dormir, estou cruelmente acordado.
2 comentários:
=) lol Confuso!
A 1º merda que escreves que gosto mesmo. Parabéns! O truque é ires escrevendo muito e sempre.
Continua
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