Abandonei-te ao luar…
Lugar escondido, onde me deitava a repousar.
Fui-me embora…
Perdi-te da minha memória…
Sitio onde não tenho a certeza de poder voltar…
Dediquei-me a vaguear…
Não existe um rumo…
Já não sei se existe um lugar…
Queria procurar…
Não sei…
Não compreendo…
Desconheço um método para qualquer tipo de loucura, desconheço uma função para qualquer tipo de razão…
Tento, tentei, já não sei se tentarei mas parece-me uma vitória perdida em mil derrotas de viver…
Sobrevivo…
Rei, senhor absoluto de ruínas erguidas pó, mendigo, rico vagabundo, demente, comandante de um exercito de espectros malditos e putrefactos, doente terminal de doença alguma, em estado soturno, dormente, mortalmente vivo, com dificuldades para sonhar…
Abandonei-te ao luar…
Despedi-me de mim…
Contei as lágrimas que nunca vi cair, realizei todas as equações impossíveis, todas as rimas imagináveis…
Abandonei-me ao luar…
Deixei-me perdido num lugar escondido, impossível de encontrar…
Perdi-me… Deixei-me impossível de encontrar…
Ao abandonar-te, abandonei-me a mim mesmo…
Abandonei-me ao luar…
1 comentário:
Deste gostei. Está profundo, gosto do jogo das palavras, gosto da forma como te exprimiste. Este tocou =)
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