Suplicio de vontades
Individualização de mim mesmo
Teorias gastas e perdidas
Levadas em palavras
Que nem o vento ousa pegar
Eu, que contra mim mesmo erijo o mais alto obstáculo
O mais intransponível dos muros
Eu que sou se não uma limitação a mim mesmo
E que nunca me consigo ultrapassar de modo algum
E então que sou eu se não o meu pior inimigo?
Não há, nem aspira a haver
Uma verdade absoluta ou um terminus desta guerra
Existe apenas a ideia de que algum dia
Por algum motivo certamente fora do meu controle
Poderá haver algo exterior a mim
Que dite algum sentido de realidade
Ou alguma lógica alternativa que me leve a uma paz de armas…
Eu contra eu
De armas invisíveis
Empunhadas sem qualquer rancor
Nesta batalha que luto desde sempre
Contra este eu invisível e indissociável de mim mesmo.
Que sou eu se não eu mesmo que não sei como ser eu porque de outra forma não me conheço?
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