Não consigo…
Não consigo não pensar em ti.
Não consigo simplesmente eliminar-te da minha memória, retirar cada traço teu do meu pensamento, extinguir-te, esquecer que alguma vez te conheci…
Criar uma ideia de que nunca foste mais que uma ilusão, antes queria gritar eliminar toda esta raiva do meu peito, deixar em pratos limpos tudo que queria dizer, não deixar num pensamento tudo o que significas para mim…
A ideia senta-se ao lado da loucura e a loucura clama violentamente por ti…
A minha vontade é atirar-me ao chão e tentar nunca mais me voltar a levantar…
O meu desejo era simplesmente ter-te.
Não fazer acreditar em nada e simplesmente demonstrar-te as coisas.
Simplesmente perceber porque motivo acontece isto, porque motivo partes sem me dar um porque, porque te fechas e desapareces do meu mundo, quando no fundo ele agora é teu e só teu, sendo eu apenas um inquilino extra nele…
Sim, sinto saudades tuas, dizer-to de outra maneira é impossível, saber se esta mensagem alguma vez chegara a ti, é cravar um punhal nas costas do pensamento e da ansiedade…
Desejava ser estúpido como o resto desta imbecil humanidade, porque assim ao menos nunca te teria conhecido ou nunca teria esta noção de ti…
Digo isto e minto, digo isto com asco na mente, no coração e na alma…
A mentira tenta apenas justificar o que o humano não pode compreender totalmente…
A mentira não me satisfaz…
A verdade é esta.
Estou aqui sem ti, o meu corpo anda doente, o meu coração carente de ti, a mente demente e a alma em pranto…
De que me vale, esta escrita finita?
De que me vale exprimir estas letras inúteis se nem creio que as vás ler?!
Choro…
Não me vejas chorar, não quero a tua a pena, queria e quero te a ti pela pessoa que és e que nem conheces como sendo tu e não pela pessoa que tentas moldar a uma sociedade podre corrupta sacralizada numa crença demente em que todos se ajoelham para satisfazer oralmente o homem rico…
Não sou rico, não sou nada, mas pelo menos, posso dizer algo que para muitas pessoas é uma noite ou uns segundos.
Amo-te. Sinto a tua falta e todos estes textos agora soam vazios, só me resta de novo a dor e a solidão.
Amo-te.