segunda-feira, novembro 13, 2017

Húbris

Medicamento, para esta maleita, falso tendão de sentimento.
Raspar constante na pele, irritação do momento, traço latente e crescente.
Vertente de extremo à extremo, ciclo vicioso, certo e incerto, mas correctamente, incorrecto, que a toda a vertente, conhecimento ou inteligência.
Medicamento é pedido, para esse mal que me afecta, literalmente fora e cadencia em circular, observação de sistema, orientação lunar, abraço tido em segredo, passagens a meias, solta volta ao luar.
Correio que foi perdido, encontrado puro acaso, em revolta do que vamos sentido, contestação e comiseração tomada…
Obvio pelo olhar, as coisas escondidas, meias perdidas, a verdade que não sei.
Neste momento vazio…
Desenhar dentro das linhas torna-se uma tendência cadente, não desviar o rumo face ao desafio e simplesmente dançar ao som do bombo.
E como destoa o seu som, por entre as lacunas e as nascentes, como se sente por corredores desprovidos de vida e lavados para sempre, pelas lagrimas de quem não se soube segurar.
Como se compreende, fora de si, se em si não sabe tomar uma vertente ou uma entre ajuda, assim se espreita uma vida, vigiada desde momento primeiro, até ao expirar sereno.
Socorre então o medicamente, por tomar um seguro de momento, esquecer o pensamento e cair por terra obtuso e desgastado, sem sentimento em cara, taciturno e moribundo.
Ficar sem expressão, sem conclusão que tirar, deixar o sentimento sair por aí, sem pensar mais nisso, simplesmente olhar para o que se tem e pensar que nada é mais do que aquilo que poderemos considerar, partir a apatia e esquecer que tomamos dito medicamento, cair e repicar nele, um sem fim de ilusão, picar e cair fundo, esquecer e desaparecer.
Ouvir esse ribombar de martelos, partir face a estrada, voar planamente.
Esconder entre as ondas do cabelo vida e queimar vida com o olhar, sem deixar que ela se consuma, qual aragem fresca que teima em não passar.
Recordar que o esquecido passou a ser uma questão de perspectiva e que a vida se deixou arrastar.
Sentir a vertente que se aproxima, que cavalga a crista das ondas, sentir o escurecer do tumulto, olvidar a heresia que foi cometia.
Afagar o nada e pensar que pode ser um modesto dedilhar de um pensamento.
Húbris, vil e excrementício.
Como se me empalidece a voz.
Como se me destrói o pensamento.
Penso rápido no que me dói, agarro o medicamento, desaparece a mente, esquece-se o temido.