terça-feira, abril 06, 2010

How can I be lost, if I've got nowhere to go?

Arranco à força o papel de estas paredes, que nuas são singulares.
Compreendo o meio, acendo o fogo, queimo essas palavras, o fogo que limpe esta imagem de palavras escritas a sangue.
Como resolvo, dentro de um sem fim contínuo em todo o momento de existir…
Elevo a cinza o todo do nada e arrasto-me por desilusão.
Será então que não aspiro a nada?
Ou será senão uma existência nula?
Respiro por ilusão de nada…
E como me exponho em simplicidade.
Talvez por loucura?
Se o disser, nem o sei na verdade…
Tremo, conheço por alto a sensação e tão só indecentemente e a insana mente dormente…
Sinto-me talvez a vaguear.
E dói-me assim o corpo, o ser e os ossos…
Voltei ao esquecimento por ilusão de não existir esquecido, por tudo e nada e nem gosto do rumo a ser tomado…
Já tomei o rumo e no entanto o cenário parece não mudar…
Enquanto toquei a alma do ser, nem sei contrapor o meu ser pessoal…
Num momento em que não posso mais que nada por me em primeiro lugar do restante, torno-me triste e petulante…
Não me contem por nada, o que não deva talvez ser…
Se me sentir, deverei então sentir-me perdido por ai.
Não liguem a nada.
Já me perdi.
Já me desliguei.