quinta-feira, agosto 28, 2008

Quero lembrar-me de ti, nunca te tirar da minha cabeça…

Quero lembrar-me dos teus olhos…

Quero tê-los sempre presentes…

Quero sempre ver o castanho deles, não quero ver olhos verdes, não quero ver olhos azuis, esses não me satisfazem…

Quero ver os teus olhos castanhos,

Quero olhar-te, velos em ti, quero ver-te a ti…

Quero ver os teus cabelos negros

Ondulados ao vento, transportados numa suave brisa ou simplesmente a pender da tua cabeça, tampando partes do teu rosto escondendo um pouco de ti…

Quero sentir os teus lábios, gostaria de beija-los mas não arrisco algo que sei que provavelmente não desejaras…

Quero sentir o teu cheiro, quero mergulhar no teu odor, quero conhecer todas as tuas mudanças, quero conhecer tudo o que me deres a conhecer…

Quero dizer-te mil e uma coisa, quero repetir-te coisas que já te disse e que mesmo assim sei que preferirias nunca ouvir…

Quero poder cruzar horas contigo e poder saber o que pensar,

Quero perceber esses olhares que vamos trocando

Quero compreender o que me escapa a compreensão cada vez que tento desvendar-te…

Quero saber…

E creio que saberás, se leres isto, que te é dirigido e provavelmente irás odiar-me…

Deixo-te então só um beijo, esse beijo que te quero dar e todos esses sentimentos que gostaria de te revelar…

Um beijo…

quinta-feira, agosto 07, 2008

Ecos, Silêncio, Paciencia e Graça

Deixa-me perguntar-te coisas que não me querias dizer, ainda que sempre o tenha feito, sempre esperei uma resposta que me quiseste iludir em meias verdade que não vais querendo contar…
Deixa-me, não sei nada desta realidade, as asas já a muito foram cortadas, tentei, sempre tentei, fiz desse fogo um farol, fiz desse farol uma casa, fiz dessa casa a minha ruína e determinado, tentei erguer-me e perguntar o motivo de todas essas perguntas inúteis…
Sobrevivi, não sei como puxei todas as forças que tinha, tentei puxar por ti, tentei sempre dar-te tudo o que se pode dar a alguém que se ama, tentei dar-te o impossível e tudo o possível neste existência.
Não sei, já desenhei inúmeras questões, pintei inúmeras equações, livrei-me de mim mesmo, libertei-me em grande parte daquilo que sou tentei libertar-te daquilo que és, daquilo que com tanta angústia tentas esconder de ti mesma.
Pedir-te-ia apenas uma coisa, essa coisa que irias negar, que negarias e que negas todos os dias, procuraria uma forma, um meio algo que me fizesse aproximar-me de ti…
Creio, não o sei com uma certeza visceral e contudo nada parece ser tão certo, creio que acima de tudo escrevo o que não compreendo debato comigo mesmo aquilo que gostaria de não compreender, nego-me a mim mesmo em contradição de ti, arrasto-me na minha mentira, arrasto-te na minha negação…
Liberto desta mesma negação vivo ainda com um pouco de ilusão dela, sobre a sua imperfeita perfeição, sobre a sua incompreensão sobre o seu medo…
Gostaria de poder olhar-te nos olhos, gostaria de agarrar o teu imaginário, gostaria de ter-te aqui, onde creio que poderias respirar longe do que te sufoca e do que negas meter-te medo…
Soube, ponderei, sonhei que poderia trazer-te aqui, pensei nisso, pensei que poderias gostar…
Propus, sugeri, creio até que insisto nisso, creio até criar um pouco de receio em ti…
Arrependo-me.
Não sei se te causo mágoa bem tento ir compreendendo…
Sei que te faço por vezes sorrir mas gostaria de ter ver sorrir aqui…
Marta, não te posso explicar nem contar nada que não te tenha dito noutras ocasiões…
Sinto a tua falta acima de tudo…
Não posso dizer muito mais…