Por onde andamos, as ruas são tortas e o engenho escapa a razão
É uma subida demente, em que a compaixão e o ódio dançam de mãos dadas
É um verso semi feito um conto inacabado e uma ideia abandonada
É um momento de descontentamento seguido de euforia, consumido em fantasia
Por onde andamos, essas travessas repletas, esses olhos profundos esse amor tão fértil
É um querer de fogo, um jogo louco e uma ambição desmedida
É a simplicidade em ti, o imaginário de uma criança, a vida completa e morta
É esse querer descontente levado nos lábios da gente essa solidão sóbria
Por onde andamos, essa gente caminha e a morte bate a porta
É a luta sofrida, a vitória perdida em que a derrota é o ganho
É o que desejas, é o que escondes, é o que fabricas arduamente
É o contentamento de quem não sofre, a alegria de quem não luta, a morte tida em vida
Por onde andamos…
É tudo uma memória…
É a catastrófica gloria…
É apenas um demente consciente…