Desenhas-te em ti, ermo de solidão.
Cruel, qual morte à traição.
Doloroso como um pranto profundo, vil como uma enfermidade…
Neste ermo cinzento como a vida, repouso em soturno silêncio.
A minha vista um mar de lágrimas, derramado sobre uma alma partida e manchada…
Mas nada muda com o tempo…?
Apenas a dor, tão conhecida e familiar, parece diferente a cada momento, apenas maior e mais profunda…
Razões que me condenem, não as conheço.
Tudo tão simples, tão mortal…
Absolutamente tudo irrealmente real…
E apenas quem conhece uma dor tão profunda consegue alcançar este sítio perdido…
Este ermo de solidão…
Onde mortalmente habito e onde jaz meu coração…