terça-feira, fevereiro 20, 2007

Alma Vazia

Segue o seu caminho, enfim

Qual cadáver animado

Simples concha sem alma

Cárcere rompido e corrupto

Que se arrasta por entre a lama da vida

E todos o olham com olhos ignorantes

Pensando que não sofre mais que uma leve patologia…

Assim é este ser corpóreo

De tez incerta

Medula corrompida

E triste olhos lacrimejando os horrores desta vida

E ainda assim um sorriso ao amigo quando necessário…

Assume um lado sinistro

Um sorriso caloroso mas triste

Um olhar distante mas presente

Uma presença constantemente inconstante.

O seu coração não é mais que engrenagens

que giram sobre um eixo calcinado e desgovernado

Que anseiam por parar

E deixar a sua existência ao abrigo do Inverno

Pois o Verão queimou o que foi plantado no Outono e o que a Primavera tratou…

Chora

As lágrimas correm o seu rosto

Por essa pele maltratada pelo tempo e doente pela vida…

Chora por um amor ausente e inconstante

Que nunca teve como seu

Mas que sempre desejou

Mas assim perdeu a sua vida

O seu amor a sua esperança

A esse amor maldito que amou de corpo e alma…

Quem te dera amar esse ódio, como amas esse amor…